segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Se tu visses o que eu vi...

Inspirados em poemas de António Mota e de Luísa Ducla Soares, escrevemos estas quadras, que apresentámos na festa de Natal da escola.

Se tu visses o que eu vi

numa ilha dos Açores:

um vulcão a deitar tinta,

tinta de todas as cores.



Se tu visses o que eu vi

na cidade de Lisboa:

estava o Marquês de Pombal

a comer uma meloa.

Se tu visses o que eu vi

perto de Famalicão:

um rato a dançar o vira

e um burro o malhão.

Se tu visses o que eu vi

na cidade de Bragança

comias e bebias

ficavas com grande pança.

Se tu visses o que eu vi

na cidade de Guimarães:

o rei D. Afonso Henriques

com um cesto a vender pães.

Se tu visses o que eu vi

em Viana do Castelo:

uma escola muito linda

toda feita em caramelo.

Se tu visses o que eu vi

na praia de Matosinhos:

um casal a dançar salsa

para irritar os vizinhos.

Se tu visses o que eu vi

lá no porto de Leixões:

os navios ancorados

a falar com os tubarões.




Se tu visses o que eu vi

em Vila Nova de Gaia:

nove tesouras sem bico

a tomar banho na praia.

Se tu visses o que eu vi

cá na cidade do Porto:

um homem muito direito

e o outro todo torto.





Se tu visses o que eu vi

num centro comercial:

as pessoas até compram

as renas do Pai Natal.



Se tu visses o que eu vi

no Palácio de Cristal:

o antigo jardim zoológico

sem um único animal.

Se tu visses o que eu vi

lá na ponte do Infante:

uma fila muito grande

por causa de um elefante.


Se tu visses o que eu vi

na Praça da Liberdade:

duas pombas a voar

porque tinham saudade.



Se tu visses o que eu vi

no museu Soares dos Reis:

quem lá vai por uma vez

quer lá voltar outras seis.

Se tu visses o que eu vi

no estádio do Dragão:

choveu tanto no relvado

que fizeram natação.

Se tu visses o que eu vi

no hospital de S. João:

Os médicos e enfermeiras

A lançarem um balão.

Se tu visses o que eu vi

na rua João de Deus:

um autocarro com pernas

e pessoas com pneus.


Se tu visses o que eu vi

Na rua dos Vanzeleres:

A casa da minha avó

Era feita de colheres.

Se tu visses o que eu vi

na rua de Pedro Hispano:

uma inundação de sumo

sempre a sair por um cano.

Se tu visses o que eu vi

na Rotunda da Boavista:

um leão e uma águia

a comer uma tosta-mista.


Se tu visses o que eu vi

na nossa biblioteca:

doze livros a contar

a vida duma faneca.

Se tu visses o que eu vi

uma tarde na cantina:

um rapaz dentro da sopa

a dizer que era a piscina.

Se tu visses o que eu vi

na freguesia de Ramalde

um gigante muito grande

a tomar banho num balde.

Se tu visses o que eu vi

na escola João de Deus:

dissemos as quadras todas

e vamos dizer adeus.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Aprender a Ajudar

Era uma vez uma família muito feliz porque toda a gente ajudava a família recompor-se.

Por exemplo, umas pessoas da família zangaram-se e as outras pessoas da família conseguiram juntá-las outra vez.

Até que houve um problema muito mais grave. Adivinhem o que foi.

Os pais de dois meninos chamados Pedro e Miguel divorciaram-se e eles não conseguiam fazer mesmo nada para que os pais se voltassem a juntar, para ficarem mais felizes.

Tanto fizeram para os pais se juntarem de novo, até que acabaram por desistir porque acharam que já não havia nada a fazer para os juntar.

Passaram dois anos e os pais continuavam separados.

Até que tiveram uma ideia. Sabem qual era? Adivinhem.

A ideia era mandarem bilhetes até se fartarem. O plano deles estava a resultar na perfeição e foi por isso que os pais tiveram uma conversa séria para decidirem o que fazer na vida.

Os pais decidiram juntar-se de novo.

Então eles combinaram que quando eles chegassem lhes iam fazer uma festa para comemorar, o que acabou de acontecer com os seus amigos e a família quase toda. Estavam o seus avós, o Diogo e a Mariana, os seus padrinhos Tomás e Sofia, e claro os seus amigos.

Um dos amigos ficou lá a dormir e o pai também.

Viram o que os dois irmãos fizeram, se vos acontecer alguma coisa parecida ou igual não se esqueçam.

LUTEM COM GARRA PARA OS GANHAR DE NOVO

Diogo

Foi um mundo mudado

Vocês devem saber que já, há uns bons milhares de anos, Jesus Cristo fez um grande sacrifício por nós. Pois bem, aqui há uns dias, ouvi no Jornal Nacional um grande sacrifício de um amigo, não um amigo, mas sim um grande amigo, ou ainda, um maravilhoso amigo de todo o mundo, que fez um sacrifício.

Então foi assim:

Uma escola na Alemanha com absolutamente nenhuma segurança foi assaltada. Entraram lá os ladrões durante o tempo do recreio e começaram a ameaçar as pessoas e a fazer isso que os ladrões fazem, até que se enervaram a sério e ameaçaram à facada um grupo de rapazes e raparigas. Então um jovem rapaz bonito, simpático e altruísta fez um discurso que deixou paz na terra para sempre e foi assim:

Quando vocês menos esperassem gostavam que vos ameaçassem, maltratassem e assaltassem? Não pois não? E vocês, sendo ladrões, não ganham nada com isso. Se vocês deixassem de maltratar as pessoas e fossem trabalhar a vossa vida seria muito melhor, ganhariam dinheiro de uma maneira mais honesta e não iriam para a prisão. E ainda seriam mais úteis. Se todos vocês querem isso e querem ser vistos com melhor aspecto era assim que devia ser. A vida de todos era melhor e ganhavam muito mais com isso.”

Eu sei que ele pode não ter morrido por eles, mas correu o risco de morrer e, além disso, ensinou a muita gente uma lição para toda a vida e o mundo passou a ser melhor para todos. Um discurso que salvou a vida de pessoas no presente outras que poderiam ter sido salvas no passado e outras no futuro. Melhorou o mundo graças a esse génio de rapaz, na Alemanha, mas para todo o mundo. Não foi um sacrifício mas foi muito mais e muito melhor.

E no futuro, este menino passou a ser um deus maravilhoso, chamado Belcominar.

Maria Camila

Uma nova amiga

Era uma vez uma menina chamada Maria, que não tinha muitas possibilidades e numa noite de Natal, quando estava a ir para casa dos tios, viu outra menina, ainda mais pobre do que ela, que andava a pedir comida.

Enquanto Maria estava em casa dos seus tios não parava de pensar na menina pobre e como ela devia estar a sentir fome e frio.

Maria recebeu muitas prendas. Bonecas, livros e do que gostou mais foi de uma manta bordada com flores, corações e estrelas. Também recebeu bolachas e chocolates, mas o que gostou mais de comer foram as rabanadas que o tio a deixou levar para casa.

Quando ia a sair de casa dos tios, voltou a ver a sem abrigo que continuava a pedir comida e a tremer de frio.

A Maria, como estava com muita pena da sem abrigo, pegou na sua prenda preferida, a manta, e deu-lha. A menina ficou tão contente que deu um grande abraço à Maria e disse:

- És a minha melhor amiga. Eu chamo-me Carolina e tenho seis anos.

A Carolina ficou tão contente com o presente, que deu à Maria a única coisa que tinha, umas luvas que tinha recebido nessa noite de Natal.

- Desculpa não ter mais nada, foi a única coisa que recebi.

A partir daí a Carolina passou a ser quase irmã da Maria e foram as melhores amigas que alguma vez se imaginou.

Luísa

sábado, 11 de dezembro de 2010

Aprendendo recordando

Maria estava muito mal. Estava no hospital preparada para ser internada. Durante um mês não iria ver os seus amigos e no próximo domingo iria completar catorze anos de vida.

Nos últimos dias nada estava bem. Tinha ido parar ao hospital numa corrida de cavalos. Estava quase a cortar a meta quando tombou no relvado e abriu os olhos vendo uma sala para fazer radiografias.

A sua irmã de dez anos levou-lhe umas flores, atenciosamente, e a mãe deu-lhe um diário para ela ocupar o tempo.

Mas, Maria disse:

- Mas porquê um diário? Aqui não há nada a fazer! É só médicos e enfermeiras à minha volta!

- Bom podias escrever alguns textos de experiências da tua vida.

Quando viu a sala vazia, começou a imaginar que, se ela não existisse, tudo seria melhor no mundo. Já não iria cair, a sua irmã nunca teria partido a unha, o seu pai não teria partido o computador…

E então com estas ideias começou a formar frases e a ter boas razões para explicar tudo muito bem explicado, de maneira a que todos percebessem. Então pediu a uma enfermeira um lápis, um copo de água e uma borracha para trabalhar em boas condições.

Depois de beber a água começou a escrever:

“ Na primeira manhã de Dezembro começou a corrida de cavalos às oito em ponto. Eu e a minha irmã pusemo-nos nas nossas posições e, quando tocou o apito, eu e a minha irmã cavalgámos cerca de 8km e 37m e parámos na paragem obrigatória. Bebemos água, demos de comer aos cavalos e descansámos durante cinco minutos. Depois montámos os nossos cavalos e percorremos mais 48m. Estávamos a 50m da meta quando a minha irmã escorregou, mas eu agarrei-a e ela tornou a subir ao cavalo. Mas eu caí e magoei-me. A minha irmã ganhou a corrida”.

Maria parou para pensar e reparou que houve um acontecimento que a fez perceber que sem ela haveria más consequências.

Ou seja se ela não existisse, a sua irmã, com dez anos, provavelmente morreria nessa queda, pois ela agarrou-a e se não a tivesse agarrado, PUM!

Concluindo, Maria viu o lado positivo. Sabia que fazia falta neste mundo. Sem ela havia más consequências. Ainda hoje recordaríamos os maus momentos.

Por isso lembrem-se que todos nós somos importantes. Somos importantes para os outros, e os outros são importantes para nós.

Raquel

Diogo e Mariana

Diogo veio da escola triste porque tudo lhe correu mal: primeiro perdeu um brinquedo, depois foi expulso do clube de futebol e outras coisas…

Era isto quase todos os dias e Diogo não era feliz e o seu espírito não gostava dele porque ele era egoísta: não ajudava os outros, não dava pão aos pobres…

Um dia a sua melhor amiga chamada Mariana ensinou-o a ser altruísta e a partilhar.

Mas o Diogo pensou “Eu acho que ela devia ter mais coisas”.

E foi falar com a Mariana.

Ela respondeu que já tinha tudo o que queria: felicidade, ternura, amor, carinho e um amigo.

Quando ele começou a ser altruísta, tudo lhe melhorou mas ele pensou: “Ela devia ter mais coisas porque sem ela nada disto aconteceria”.

Então, o Diogo pegou num molho de brinquedos, levou-os à Mariana e ela disse que só precisava dele, do seu melhor amigo.

Jorge Micael

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O altruísmo é bom

Era uma vez um menino, chamado João, que não tinha amigos e estava muito triste porque ninguém gostava dele.

Um dia caiu e toda a gente se começou a rir.

Certo dia chegou à escola um menino egoísta que achava que era o melhor em tudo.

Então como toda a gente gostava dele, andavam todos atrás dele.

O menino triste estava sempre sozinho.

Então chegou um menino altruísta. Altruísta quer dizer que ajuda os outros e é bom.

Então esse menino ajudou o menino que se chamava João e perguntou:

- Porque é que estás sempre sozinho?

E o João respondeu:

- Ninguém gosta de mim, ninguém é meu amigo.

Então o menino altruísta, que se chamava Guilherme, perguntou:

- Queres ser meu amigo?

O João aceitou.

Quando o João precisava de ajuda, o Guilherme ajudava-o, e quando o Guilherme precisava de ajuda o João ajudava-o.

Ficaram amigos.

Os outros gozavam com os dois mas eles não lhes ligavam.

Um dia os outros arrependeram-se e pediram todos desculpa aos dois, ao João e ao Guilherme.

E o menino egoísta também se arrependeu e prometeu não ser mais egoísta.

Então sempre que alguém precisava de ajuda ia lá alguém ajudar.

Todos aprenderam que ser egoísta é mau, e que têm de aceitar os outros como eles são.

Pedro

Natal é tempo de amizade

Era uma vez dois amigos que estavam a jogar futebol e zangaram-se.

No dia seguinte, acordaram sem se lembrarem da zanga que tiveram no dia anterior. Como eles iam sempre ao campo de futebol encontraram-se, sentaram-se e o que começou a zanga, disse:

-Desculpa o …

Interrompeu o outro para dizer:

-Desculpa-me tu. Eu é que comecei a bater e a gozar contigo.

Eles começaram a sorrir e abraçaram-se.

Como era o dia de Natal, combinaram fazer uma festa no prédio deles e convidaram toda a gente que conheciam. Prepararam a comida, os enfeites e foram comprar os presentes.

Quando começou a festa estavam todos a comer, a dançar e a conversar. O sino tocou e todos se aperceberam que era a parte de abrir as prendas que todos trouxeram.

Quando abriram as prendas, ficaram com um grande sorriso na cara, principalmente os dois amigos.

Um recebeu do outro uma guitarra. E o outro recebeu do outro uma bateria.

Todos os que tinham um instrumento tocavam e os que não tinham cantavam.

Passado uns anos, quando tinham dezoito ou dezanove anos começaram a ser a maior banda do mundo. Fizeram trinta e cinco concertos ao vivo.

Passado setenta anos, um dos que cantavam morreu, e todos foram ao cemitério onde ele estava para levarem flores e para lhe agradecer, de ser um grande amigo, sempre sorridente.

Nessa altura estavam reformados. Por isso já não podiam fazer concertos, mas sim jogar às cartas com os amigos.

Quando chegou o Natal seguinte já nenhum dos amigos estava vivo, quer dizer estavam vivos mas era no coração.

Tomás Cardoso

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Conversa com D. Afonso Henriques e D. Teresa

Na véspera da batalha de S. Mamede tive a sorte de entrevistar D. Afonso Henriques e D. Teresa.

-Olá – disse eu para os cumprimentar.

- Olá – disseram eles.

-Vocês estão mesmo decididos que querem lutar amanhã?

- Eu estou – disse D. Teresa.

- Porquê? – perguntei eu.

- Porque eu quero uma coisa e o meu filho quer outra. - respondeu D. Teresa.

- Eu também tenho a certeza e pelas mesmas razões que a minha mãe – disse D. Afonso Henriques.

- Mas eu acho que vocês não deviam lutar. Ainda por cima nesta época em que anda a haver tanta guerra no mundo, vocês ainda vão fazer mais – disse eu para os tentar convencer a não lutar. – E vocês também estão a ensinar os outros a fazer guerra. E mais uma coisinha, vocês não deviam lutar porque são mãe e filho. E mesmo depois de eu ter dito isto tudo ainda querem lutar?

- A senhora jornalista ainda não me conseguiu convencer. Eu ainda quero lutar – disse D. Teresa.

- A mim também não – disse D. Afonso Henriques.

- Mas vocês são... - disse eu, mas fui interrompido pelo D. Afonso Henriques.

- Nós queremos mesmo lutar, estamos mesmo decididos.

- Finalmente o dia por que todos esperavam! Mãe e filho vão lutar – disse eu para anunciar o princípio da luta.

- A guerra já começou. D. Teresa e D. Afonso Henriques já pegaram nas espadas mas ainda não se sabe quem ganhará. Esperem um bocado, D. Teresa e D. Afonso Henriques olharam-se olhos nos olhos e pararam de lutar, abraçaram-se e acabou a luta.

- Olá D. Teresa, o que aconteceu?

- Eu olhei para o meu filho, vi os olhos dele brilhar, não aguentei lutar mais e, de repente, dei-lhe um abraço. Você tinha razão nós não devíamos ter lutado. Mas ainda bem que eu olhei para ele e senti o amor de mãe para filho e de filho para mãe.

- E você D. Afonso Henriques, como se sente por esta luta ter acabado de uma vez por todas?

- Eu sinto-me bem e também acho que a senhora tinha razão quando disse aquelas frases para nos tentar convencer a não lutar.

- E foi assim que acabou a Batalha de S. Mamede.

Mariana

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Mostrengo

Azul, cego pela vingança,
Vestido de sol reluzente
E nunca está muito contente
Do mar nasceu, tal criatura
Para o conhecer, não sei se é boa altura
Devia dizer em feminino
Pois o seu aspecto não é masculino
Do mar irá voltar
Pois, já estou farta de esperar.

Raquel

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Príncipe Sapo - 2

Do ponto de vista do narrador (escrito pela Sofia Oliveira)

Era uma vez uma princesa que estava na Verde Floresta a brincar com a sua bola favorita. O jogo era mandar a bola ao ar e apanhá-la, mas não podia cair à água.

A princesa mandou a bola tão alto ela que caiu na nascente. Ela ficou muito triste por não poder ter a sua bola favorita de volta, mas era o que parecia que ia acontecer.Que ia ficar sem ela.

Passado um bocado, um sapo apareceu e perguntou-lhe porque é que estava a chorar tanto e ela contou-lhe tudo o que se tinha passado.

O sapo disse-lhe que ia apanhar a bola, mas a princesa tinha de lhe prometer que o deixava comer do seu pratinho e que tinha de o deixar dormir na sua cama, isto durante três noites.

A princesa prometeu-lhe, a pensar que ele nunca iria conseguir sair da nascente. Mas quando o sapo lhe entregou a bola a princesa esqueceu-se do que tinha prometido e foi-se embora para casa.

Na hora do jantar estava a princesa a comer com o seu pai quando ouviu alguém a bater à porta e a dizer:

Abre porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na Nascente da Verde Floresta estivemos

A princesa, toda curiosa, foi abrir a porta e quando abriu até se assustou, porque estava lá o velho sapo da nascente. Ela fechou a porta com o sapo lá fora, e o seu pai perguntou quem era.

Ela contou-lhe tudo e o pai disse-lhe para ela cumprir o que tinha prometido.

E ela fez tudo o que tinha prometido ao sapo.

Quando acabaram de jantar, a princesa foi com o sapo para a cama. Colocou-o na almofada do lado e começaram a dormir.

De manhã o sapo já não estava lá e a princesa pensou que ele não voltava mais.

Mas de noite o sapo voltou e a princesa fez tudo o que tinha prometido.

Na manhã seguinte o sapo não estava outra vez lá. E à noite voltou.

Na manhã seguinte o sapo não estava lá mas estava um lindo príncipe.

O príncipe contou tudo e também lhe perguntou se queria viver com ele.

Ela aceitou e viveram felizes para sempre.

Do ponto de vista do pai da princesa (escrito pelo Duarte)

Certo dia, estava eu a jantar quando ouvi alguém a bater à porta e a dizer duas vezes:

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente da verde floresta estivemos.

A minha filha foi abrir a porta e fechou de repente.

Eu perguntei quem era e ela contou-me que de manhã um sapo foi buscar a sua bola à nascente e ela prometeu que ele podia dormir na cama dela e comer do prato dela.

Eu mandei-a abrir a porta e cumprir a promessa.

Ela deixou-o comer do seu prato e dormir na sua cama.

Na manhã seguinte o sapo saltou da cama da minha filha e saiu.

Foi assim durante mais duas noites mas na última noite ele quando acordou era um príncipe que pediu a minha filha em casamento.

Ela aceitou, claro que eu a deixei e viveram felizes para sempre.

Do ponto de vista do pai da princesa (escrito pela Ana)

Um dia quando a minha filha brincava no jardim ela atirou a bola ao ar e caiu numa nascente.

Um sapo pôs a cabeça de fora e perguntou por que é que estava a chorar.

Ela respondeu que tinha sido a bola que caiu à nascente.

- É por isso que estás a chorar? Eu vou buscar mas tu deixas-me comer do teu prato e dormir na tua cama.

O sapo foi buscar a bola. Passado algum tempo ele atirou-lhe a bola e ela ficou tão contente que nem ligou ao sapo.

Quando ela e eu estávamos na mesa alguém bateu à porta e disse:

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente da verde floresta estivemos.

Ela foi abrir a porta, mas fechou a porta e eu perguntei:

- Porque é que fechaste a porta?

Ela respondeu que um sapo lhe tirou a bola do riacho e ela também prometeu ao sapo que podia dormir na sua cama e que podia comer do seu prato.

Então eu respondi:

- Agora deixa-o entrar em casa

E a minha filha foi buscá-lo e o sapo respondeu:

- Deixa-me comer do teu prato.

Ela deixou e depois levou-o para a cama.

No dia seguinte quando a minha filha acordou não viu o sapo, mas à noite ele voltou. Quando acordou o sapo não estava lá, mas à noite ele voltou. Quando ela acordou viu um príncipe e ela perguntou:

- Mas és um príncipe?

E eu vi o criado do príncipe, que estava a chorar de felicidade.

O Príncipe Sapo - 1

Do ponto de vista de um narrador (escrito pela Mariana)

Certo dia, estava uma princesa a brincar com o seu brinquedo favorito que era uma bola dourada.

A certa altura a princesa atirou a sua bola dourada tão alto que quando esticou a mão para a apanhar a bola caiu no rio. Como aquele rio era tão fundo a princesa ficou com medo de não voltar a ver a bola.

A certo momento, um sapo pôs a cabeça fora de água e perguntou à princesa porque é que ela estava a chorar tanto e a princesa disse:

- Ai de mim, ai de mim!.

O sapo disse que não queria os vestidos nem as jóias dela, mas podia ir buscar a bola dela ao fundo do rio se ela lhe prometesse que o deixava dormir na sua cama e o deixava comer do seu prato. A princesa prometeu-lhe isso e o sapo foi buscar a bola.

A princesa só lhe tinha prometido aquilo porque estava convencida de que o sapo não ia sair da nascente.

O sapo deu-lhe a sua bola e ela, de tão contente que estava por ter recuperado a bola, nem se lembrou da promessa.

Quando estava a jantar a princesa ouviu alguém a dizer:

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente da verde floresta estivemos.

A princesa foi abrir a porta e fechou-a rapidamente. O pai dela ficou preocupado e perguntou-lhe porque é que ela ficou tão assustada. A princesa disse ao pai que tinha feito uma promessa a um sapo e que era ele que estava a bater à porta. O pai disse para ela ir abrir a porta e cumprir a promessa.

Então a princesa foi abrir a porta ao sapo e ele pediu para comer do prato dela. Ela deixou-o. Depois pediu para ir para a cama dela e ela levou-o para lá.

No dia seguinte o sapo não estava lá e ela pensou que ele nunca mais ia voltar para lá.

Repetiu-se a mesma coisa nos outros dois dias.

No terceiro dia em vez de ver um sapo viu um príncipe.

O príncipe pediu-a em casamento e ela aceitou.

E os dois foram viver juntos.

Do ponto de vista do sapo (escrito pelo Dário)

Lá estava eu debaixo de água de um riacho, quando apareceu uma princesa a brincar com o seu brinquedo preferido, que era uma bola dourada, e estava a atirá-la para cima.

Passado um bocado, a princesa atirou a bola muito alta e ficou a chorar e eu perguntei-lhe porque é que estava a chorar.

Ela disse-me que atirou a bola muito alta e caiu no chão e foi para o fundo do riacho.

Então eu disse-lhe que eu ia buscar a bola, mas com três promessas que eram deixar-me ir para casa dela, comer do prato dela e dormir no quarto dela.

Ela disse que fazia as três promessas. E lá fui eu.

Depois de ir lá buscar a bola dourada, atirei-a para o chão e ela nem se lembrou de mim.

Cheguei ao castelo dela, bati à porta e disse:

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao teu amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente na verde floresta estivemos.

Como a princesa não me abriu a porta, o pai dela perguntou-lhe quem era e ela disse que era um sapo que lhe tirou a bola dourada do riacho.

Abre a porta, princesa, querida

Abre a porta ao teu amor da tua a vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente na verde floresta estivemos.

Ouvi o pai dela dizer que era melhor abrir a porta e ela abriu.

Pedi comida e ela deu-me. Pedi-lhe para ir para a cama dela e fui.

De manhã fui passear até à noite e à noite voltei ao quarto da princesa.

Ela acordou, viu-me vestido de príncipe, eu perguntei-lhe se queria casar-se comigo e viver no meu castelo e ela aceitou.

Do ponto de vista do empregado do príncipe (escrito pela Camila)

Estava eu um dia descansado no palácio quando, de repente, alguém me liga.

Era o príncipe. Ele dizia-me as coisas rápido e contou-me o que tinha acontecido.

Ele relembrou-me de quando a bruxa o transformou em sapo, e só se transformava outra vez em príncipe se dormisse três dias na cama de uma princesa e se comesse do prato dela.

Ordenou-me que fosse rapidamente até ao reino do Rei D. Duarte I para o levar com a sua princesa até ao seu palácio. A seguir deu-me uma notícia que eu até pulei…Ele disse-me …que …se … ia … ca … ca …ca…sar.

Eu pedi-lhe para ele me contar o que tinha acontecido. Mas, ele disse-me que só ia contar a partir da parte em que ele conseguia entrar na casa dela. E eu claro tive de dizer que sim. Não havia outro remédio, não é?!

Então ele contou-me que chegou a casa dela e disse uma bela quadra que era:

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente da verde floresta estivemos

Ele disse-me que a princesa fingiu que não tinha ouvido e então ele repetiu aquela bela quadra. Pelo menos eu gostei muito dela.

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente da verde floresta estivemos

Bem, ele também disse que agora estava a telefonar-me e a perder tempo e que depois contava o resto.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Os Duendes



Era uma vez um duende chamado Faísca.

O Faísca era o chefe dos duendes, além disso, ele era o mais novo.

Certo dia todos os duendes decidiram ir brincar para o parque, mas sem o Faísca saber porque ele nunca quis que os humanos soubessem da sua existência, mas mesmo assim eles foram.

No parque uma menina brincava com o seu cãozinho. De repente, ela apercebeu-se que ele ladrava muito para uns arbustos. Foi ver o que se passava e… era incrível o que ali se passava! Duendes a brincar! Ela nem queria acreditar no que os seus olhos viam, nada daquilo parecia real. Até àquele dia os pais tinham-lhe dito que os duendes não existiam. Afinal existiam, e eram bem reais. Os duendes ficaram aterrorizados com a presença da menina e do seu cachorrinho mas ela disse:

- Não tenham medo! Não vos vou fazer mal! Só quero conhecer-vos mais de perto pois sempre me disseram que vocês não existiam.

Eles quase a tremer disseram:

- Por favor, não digas a ninguém que nos viste, ninguém pode saber da nossa existência. Se Faísca descobre que nós falamos com humanos vai castigar-nos.

- Faísca?! Quem é o Faísca? – Perguntou a menina.

- Faísca é o nosso chefe. Ele é muito bom para nós e muito nosso amigo mas ele sempre nos avisou para não virmos para o parque para que não fossemos descobertos pelos humanos. – Responderam os duendes.

- Ah! Não se preocupem. Eu nunca irei contar a ninguém que vos conheci. Ficará para sempre o nosso segredo. Mas a partir de hoje nós podíamos brincar sempre juntos aqui no parque, sem que ninguém nos visse. – Disse a menina.

- Boa! – Gritaram os duendes. Isso iria ser fantástico!

Durante anos, todos os dias a menina ia até ao parque brincar com os duendes. Nunca revelou o seu segredo. Divertiam-se imenso.

Até que foi crescendo e cada vez passou a ir menos vezes ao parque ver os seus amigos. Eles ficaram muito tristes. Mas compreenderam. Afinal de contas ela tinha-se tornado numa mulher, formou-se e era professora e casou. Também foi mãe de uma menina.

Um dia chamou a filha e disse-lhe:

- Vou contar-te uma história que começa assim “Era uma vez uma menina que brincava no parque e conheceu uns duendes…”


Alexandra