sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sugestão para Domingo

Uma lapiseira que fala e anda

Um dia, um menino chamado Rodrigo fez anos e deram-lhe uma linda lapiseira azul, e como estava quase a começar as aulas o Rodrigo levou-a para a escola.

Passados alguns dias começaram as aulas e o Rodrigo, todo contente, pegou na sua lapiseira e foi para a sala de aula.

O Rodrigo sentou-se a olhar para a lapiseira e, a certo momento, ela começou a falar com ele e a professora vira-se e diz:

- Cala-te, Rodrigo.

- Mas professora… - disse o Rodrigo.

- Cala-te, Rodrigo – disse a professora.

O Rodrigo guardou a lapiseira no estojo e foi para o recreio.

O Rodrigo começou a brincar e passado um bocado viu a sua lapiseira a andar pelo chão e perguntou-lhe:

- Tu andas como nós, lapiseira?

- Sim, há algum problema?

- Não, não há problema nenhum, só que é estranho.

O Rodrigo continuou a brincar até que tocou para ir para as aulas.

Quando voltou para as aulas ia pegar na lapiseira e viu que a lapiseira ainda não tinha voltado do recreio.

Então foi à procura dela. Chegou ao recreio e disse assim:

- Lapiseira, tens de voltar para a sala de aula.

Mas a lapiseira não respondeu.

Então o Rodrigo ficou preocupado com ela.

Voltou para a sala de aula, mas muito preocupado e triste por não ter encontrado a sua lapiseira especial.

A lapiseira chegou à sala de aula e o Rodrigo perguntou-lhe:

- Onde andaste este tempo todo, já precisei muito de ti?

- Estive a dormir atrás de uma árvore!

- Estás doida? E se alguém te apanhava?

- Eu fiz um buraquinho e ninguém me viu. Estava segura.

O Rodrigo continuou a aula e muito mais descansado por ter encontrado a sua lapiseira.

Quando o Rodrigo chegou a casa disse à mãe:

- Mãe, a minha lapiseira fala e anda!

- Filho, não estás a ficar maluco?

- Não, não estou a ficar maluco. Fala e anda mesmo!

- Filho, vai fazer os deveres e pára com as palermices.

O Rodrigo foi para o seu quarto a pensar que estava mesmo a ficar maluco.

Sentou-se na secretária a fazer os deveres e, de repente, viu a lapiseira a andar à sua frente e assustou-se porque não contava vê-la ali.

O Rodrigo desceu as escadas e a lapiseira estava a descer as escadas atrás dele. Então a lapiseira tentou passar por baixo das pernas do Rodrigo, só que em vez de passar por baixo dele fez-lhe uma rasteira e o Rodrigo caiu das escadas a baixo.

A mãe ouviu um estrondo e foi logo ver o que tinha acontecido.

- Filho, estás bem?

- Mãe, estou a sangrar do nariz?

- Sim, estás. Filho, a tua lapiseira está a andar e a falar.

- Vês mãe, não estava maluco como tu disseste.

- Pois não, filho, não estavas mesmo a ficar maluco!

- Mãe, e o meu nariz?

- Pois é filho, vamos tratar disso antes que suje a roupa toda.

Lá foram os dois mais a lapiseira tratar do nariz do Rodrigo.

Quando o Rodrigo acabou de tratar do seu nariz a lapiseira pediu-lhe imensas desculpas.

Ele desculpou.

Foram jantar e a lapiseira também foi porque agora ela também fazia parte da família.

A lapiseira adorou a comida e no fim do jantar ela virou-se para a mãe do Rodrigo e disse:

- A comida estava óptima!

- Ainda bem que gostaste da comida, lapiseira, porque a partir de hoje vais começar a comer da minha comida todos os dias. A não ser que o Rodrigo te leve a dormir a casa de um amigo dele.

O Rodrigo pegou na lapiseira e foi para o seu quarto acabar os seus deveres.

O Rodrigo estava sentado na cama a ver televisão enquanto a lapiseira lhe fazia os deveres todos.

De repente a mãe dele entra no quarto e vê que ele não estava a fazer os deveres e chateou-se com o Rodrigo e disse:

- Rodrigo, estou muito chateada contigo porque é que mandaste a lapiseira fazer os deveres por ti?

O Rodrigo não respondeu à sua mãe e foi dormir.

No dia seguinte, ele contou aos amigos todos o segredo da sua lapiseira.

A lapiseira ficou um bocado chateada com o Rodrigo e então ela decidiu essa noite dormir no estojo dele, mas primeiro teve o trabalho de tirar todas as coisas que estavam lá dentro.

Durante a noite o lápis meteu-se lá dentro porque estava com muito frio.

A lapiseira, como é um bocadinho totó, pensava que era o Rodrigo que se estava a meter dentro do estojo.

Depois ela abriu os olhos e reparou que era o lápis e disse:

- Sai daqui imediatamente!

O pobre do lápis assustou-se e saiu logo.

Passado um bocado, o Rodrigo acordou e perguntou o que se passava.

E a lapiseira disse que não se passava absolutamente nada.

Depois, o Rodrigo foi dormir outra vez.

De manhã não havia aulas porque era fim-de-semana e o Rodrigo ficou a dormir até mais tarde.

Não viu a lapiseira ao seu lado e assustou-se, mas lembrou-se que ela tinha dormido no estojo e foi lá procurá-la. Mas ela não estava lá e o Rodrigo ficou mesmo assustado e preocupado com ela.

Foi à janela e reparou que a sua lapiseira e o seu lápis se estavam a transformar em humanos e foi logo para o jardim para ver porque estava a acontecer aquilo ao seu lápis e à sua lapiseira.

E então eles os dois contaram-lhe tudo.

E o Rodrigo entendeu e foi contar à sua mãe e ficou tudo resolvido.

Assim acabou tudo bem.

MARIANA e SOFIA OLIVEIRA

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Três poemas do Tomás Leal

Amor

O amor, o amor

É um sentimento

Que às vezes se

Esconde e outras

Que abre

Não sei se devo

Amar

Não sei se devo

Beijar abrir

Ou guardar

Será que eu

Tenho a chave

Brincar

Vamos começar

A brincar

E a gozar

Mas tenho

De abrandar

Para não

Me magoar

Para não faltar

Ao trabalho escolar

Pensar o que fazer

Pensar, para quê

para ficarmos indecisos

Para ficarmos envergonhados

Para quê parar

Agir, isso sim

É encontrar o poder

De o fazer.

Tomás Leal

sábado, 18 de setembro de 2010

Cientistas ao Palco - 24 de Setembro

Por sugestão da mãe da Inês, divulgamos o texto que se segue.

Assunto: Noite Europeia dos Investigadores - 24 de Setembro
Importância: Alta
Caros juniores,
Tens planos marcados para sexta-feira à noite, dia 24 de Setembro?
Aproveita para passares uma noite diferente, na companhia de cientistas. Conversa com os teus pais e vem com eles até à baixa do Porto para mais uma Noite Europeia dos Investigadores com o Projecto Cientistas ao Palco. Cerca de meia centena de cientistas da Universidade do Porto vão transformar a Praça Gomes Teixeira (“Praça dos Leões”) num palco de Ciência, onde as artes de representação serão o principal meio de comunicação. Música, teatro e actividades desportivas não faltarão! Paralelamente, os museus da Reitoria ficarão abertos até à meia-noite, com entrada livre.
Este ano o tema escolhido é a Biodiversidade assinalando desta forma o seu Ano Internacional.
Em anexo encontras o programa da iniciativa desde as 15 até às 24 horas do dia 24 de Setembro, bem como o programa detalhado, se quiseres saber maispormenores.
Aproveito a oportunidade para desejar a todos um excelente ano lectivo. Conto com a vossa presença,
Vítor Silva

Para saber mais, clica na imagem

Desenhos sobre LENDA ÁRABE

As aulas recomeçaram e os 25 autores receberam uma nova autora, chamada Ana Isabel.
Logo nos primeiros dias, estudámos uma bela lenda árabe sobre dois amigos, recontada por João Pedro Mésseder.
Ouvimos, dramatizámos, recontámos, lemos, comentámos por escrito e, por fim, ilustrámos.

Jorge Micael
Ana Isabel
Tomás Cardoso
Raquel
Dário

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dois amigos

(Lenda árabe recontada por João Pedro Mésseder)

Dois amigos viajavam pelo deserto, caminhando em amena conversa, apesar do sol abrasador. Um deles, porém, sentindo-se contrariado pelo outro, encetou uma discussão. Erguia a voz, gesticulava e pouco faltou para insultar o companheiro. Em dado momento da contenda, não resistiu e esbofeteou-o

Admirado e ofendido, mas sem nada dizer, o amigo baixou-se e escreveu na areia: «Hoje, o meu melhor amigo bateu-me no rosto

Seguiram viagem, tristes e em silêncio. Absortos nos seus pensamentos, fixavam os olhos num ondulante horizonte de dunas e já caminhavam com dificuldade sob o ardor do sol. Até que avistaram um oásis verde, emergindo da areia escaldante do deserto Mais aliviados à sombra das tamareiras, resolveram banhar-se, comer e pernoitar no local.

Afastou-se um para recolher galhos com que pretendia acender um pequeno fogo. E o que tinha sido esbofeteado despiu-se, mergulhou na lagoa do oásis e principiou a refrescar-se. Contudo, passados minutos, perdeu o pé. E em breve se afogaria, não fosse a ajuda do amigo que, ao escutar os gritos, largou tudo e acorreu ao chamamento, mergulhando na lagoa e arrastando o companheiro para a margem.

Quando ao fim de algum tempo, este se sentiu recuperado, pegou num estilete, dirigiu-se a uma pedra e nela escreveu: «Hoje, o meu melhor amigo salvou-me a vida.»

Intrigado, o outro perguntou:

- Porque é que, depois de te bater, escreveste na areia, e agora, que te salvei, foste escrever na pedra?

A sorrir, o outro respondeu:

- Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar as palavras. Quando porém, faz por nós alguma coisa de verdadeiramente nobre, ah... aí devemos gravar as palavras na pedra da memória e do coração, onde nenhum vento do mundo as poderá apagar.

E assim se acharam reconciliados. E comeram, beberam e conversaram alegremente. Depois puseram-se a contemplar a Lua e as estrelas até o cansaço os vencer. E mergulharam, por fim, num sono profundo e retemperador.

sábado, 11 de setembro de 2010

As minhas férias de Verão

As minhas férias começaram em meados de Junho. Fui 15 dias para a praia, com as educadoras do A.T.L., para Leça da Palmeira.

Os meus amigos do A.T.L. também foram. O que eu mais fiz lá foi jogar futebol. O professor de ginástica fazia muitos torneios. Foi muito divertido!

Depois, fui para a praia com a minha avó, as minhas tias e com o meu primo Filipe, uma semana, também para Leça.

Em Agosto, fui com os meus pais e a minha irmã, para Vilamoura, no Algarve. Passámos duas semanas lá.

Brinquei muito com os meus amigos habituais, pois já vou para lá há muito tempo. De manhã, íamos para a praia e, à tarde, para a piscina. Jogava futebol, às cartas e PSP com os meus amigos. Às vezes, à noite, íamos à marina comer um gelado. Um dia, à noite, fomos à Feira Medieval de Silves. Foi muito interessante. Vi como as pessoas viviam, há muitos anos, que jogos faziam e experimentei um.

Ainda tive tempo de ler dois livros do Geronimo Stilton, intitulados “ Ganhei mil milhões na lotaria” e “O regresso ao castelo do lorde avarento”. Depois, comecei a ler “A ameaça da bola-F”, do Nuno Magalhães Guedes.

Em 25/8/2010, fui com os meus pais e a minha irmã para Menorca, uma ilha espanhola que é banhada pelo mar Mediterrâneo e, por isso, a água é muito quentinha. A capital de Menorca é Maó. A principal indústria é a leiteira. Produzem gelados óptimos e o queijo mahón.

Fomos de avião. Vi as nuvens por baixo de nós. Foi uma sensação incrível!

Ficámos num hotel, durante uma semana. Fiz alguns amigos portugueses que também estavam lá de férias.

Um dia, à noite, no hotel, andei de trampolim, suspenso por cintos. Adorei!

De manhã, íamos para a praia e à tarde para a piscina.

Também fomos conhecer a ilha, num carro alugado. Tem praias fantásticas! A água é muito transparente e azul-turquesa.

A minha mãe comprou-me uma camisola de recordação.

Gostei muito destas férias e a minha família também! Foi muito divertido!

Pedro