quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Conversa com D. Afonso Henriques e D. Teresa

Na véspera da batalha de S. Mamede tive a sorte de entrevistar D. Afonso Henriques e D. Teresa.

-Olá – disse eu para os cumprimentar.

- Olá – disseram eles.

-Vocês estão mesmo decididos que querem lutar amanhã?

- Eu estou – disse D. Teresa.

- Porquê? – perguntei eu.

- Porque eu quero uma coisa e o meu filho quer outra. - respondeu D. Teresa.

- Eu também tenho a certeza e pelas mesmas razões que a minha mãe – disse D. Afonso Henriques.

- Mas eu acho que vocês não deviam lutar. Ainda por cima nesta época em que anda a haver tanta guerra no mundo, vocês ainda vão fazer mais – disse eu para os tentar convencer a não lutar. – E vocês também estão a ensinar os outros a fazer guerra. E mais uma coisinha, vocês não deviam lutar porque são mãe e filho. E mesmo depois de eu ter dito isto tudo ainda querem lutar?

- A senhora jornalista ainda não me conseguiu convencer. Eu ainda quero lutar – disse D. Teresa.

- A mim também não – disse D. Afonso Henriques.

- Mas vocês são... - disse eu, mas fui interrompido pelo D. Afonso Henriques.

- Nós queremos mesmo lutar, estamos mesmo decididos.

- Finalmente o dia por que todos esperavam! Mãe e filho vão lutar – disse eu para anunciar o princípio da luta.

- A guerra já começou. D. Teresa e D. Afonso Henriques já pegaram nas espadas mas ainda não se sabe quem ganhará. Esperem um bocado, D. Teresa e D. Afonso Henriques olharam-se olhos nos olhos e pararam de lutar, abraçaram-se e acabou a luta.

- Olá D. Teresa, o que aconteceu?

- Eu olhei para o meu filho, vi os olhos dele brilhar, não aguentei lutar mais e, de repente, dei-lhe um abraço. Você tinha razão nós não devíamos ter lutado. Mas ainda bem que eu olhei para ele e senti o amor de mãe para filho e de filho para mãe.

- E você D. Afonso Henriques, como se sente por esta luta ter acabado de uma vez por todas?

- Eu sinto-me bem e também acho que a senhora tinha razão quando disse aquelas frases para nos tentar convencer a não lutar.

- E foi assim que acabou a Batalha de S. Mamede.

Mariana

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Mostrengo

Azul, cego pela vingança,
Vestido de sol reluzente
E nunca está muito contente
Do mar nasceu, tal criatura
Para o conhecer, não sei se é boa altura
Devia dizer em feminino
Pois o seu aspecto não é masculino
Do mar irá voltar
Pois, já estou farta de esperar.

Raquel

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Príncipe Sapo - 2

Do ponto de vista do narrador (escrito pela Sofia Oliveira)

Era uma vez uma princesa que estava na Verde Floresta a brincar com a sua bola favorita. O jogo era mandar a bola ao ar e apanhá-la, mas não podia cair à água.

A princesa mandou a bola tão alto ela que caiu na nascente. Ela ficou muito triste por não poder ter a sua bola favorita de volta, mas era o que parecia que ia acontecer.Que ia ficar sem ela.

Passado um bocado, um sapo apareceu e perguntou-lhe porque é que estava a chorar tanto e ela contou-lhe tudo o que se tinha passado.

O sapo disse-lhe que ia apanhar a bola, mas a princesa tinha de lhe prometer que o deixava comer do seu pratinho e que tinha de o deixar dormir na sua cama, isto durante três noites.

A princesa prometeu-lhe, a pensar que ele nunca iria conseguir sair da nascente. Mas quando o sapo lhe entregou a bola a princesa esqueceu-se do que tinha prometido e foi-se embora para casa.

Na hora do jantar estava a princesa a comer com o seu pai quando ouviu alguém a bater à porta e a dizer:

Abre porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na Nascente da Verde Floresta estivemos

A princesa, toda curiosa, foi abrir a porta e quando abriu até se assustou, porque estava lá o velho sapo da nascente. Ela fechou a porta com o sapo lá fora, e o seu pai perguntou quem era.

Ela contou-lhe tudo e o pai disse-lhe para ela cumprir o que tinha prometido.

E ela fez tudo o que tinha prometido ao sapo.

Quando acabaram de jantar, a princesa foi com o sapo para a cama. Colocou-o na almofada do lado e começaram a dormir.

De manhã o sapo já não estava lá e a princesa pensou que ele não voltava mais.

Mas de noite o sapo voltou e a princesa fez tudo o que tinha prometido.

Na manhã seguinte o sapo não estava outra vez lá. E à noite voltou.

Na manhã seguinte o sapo não estava lá mas estava um lindo príncipe.

O príncipe contou tudo e também lhe perguntou se queria viver com ele.

Ela aceitou e viveram felizes para sempre.

Do ponto de vista do pai da princesa (escrito pelo Duarte)

Certo dia, estava eu a jantar quando ouvi alguém a bater à porta e a dizer duas vezes:

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente da verde floresta estivemos.

A minha filha foi abrir a porta e fechou de repente.

Eu perguntei quem era e ela contou-me que de manhã um sapo foi buscar a sua bola à nascente e ela prometeu que ele podia dormir na cama dela e comer do prato dela.

Eu mandei-a abrir a porta e cumprir a promessa.

Ela deixou-o comer do seu prato e dormir na sua cama.

Na manhã seguinte o sapo saltou da cama da minha filha e saiu.

Foi assim durante mais duas noites mas na última noite ele quando acordou era um príncipe que pediu a minha filha em casamento.

Ela aceitou, claro que eu a deixei e viveram felizes para sempre.

Do ponto de vista do pai da princesa (escrito pela Ana)

Um dia quando a minha filha brincava no jardim ela atirou a bola ao ar e caiu numa nascente.

Um sapo pôs a cabeça de fora e perguntou por que é que estava a chorar.

Ela respondeu que tinha sido a bola que caiu à nascente.

- É por isso que estás a chorar? Eu vou buscar mas tu deixas-me comer do teu prato e dormir na tua cama.

O sapo foi buscar a bola. Passado algum tempo ele atirou-lhe a bola e ela ficou tão contente que nem ligou ao sapo.

Quando ela e eu estávamos na mesa alguém bateu à porta e disse:

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente da verde floresta estivemos.

Ela foi abrir a porta, mas fechou a porta e eu perguntei:

- Porque é que fechaste a porta?

Ela respondeu que um sapo lhe tirou a bola do riacho e ela também prometeu ao sapo que podia dormir na sua cama e que podia comer do seu prato.

Então eu respondi:

- Agora deixa-o entrar em casa

E a minha filha foi buscá-lo e o sapo respondeu:

- Deixa-me comer do teu prato.

Ela deixou e depois levou-o para a cama.

No dia seguinte quando a minha filha acordou não viu o sapo, mas à noite ele voltou. Quando acordou o sapo não estava lá, mas à noite ele voltou. Quando ela acordou viu um príncipe e ela perguntou:

- Mas és um príncipe?

E eu vi o criado do príncipe, que estava a chorar de felicidade.

O Príncipe Sapo - 1

Do ponto de vista de um narrador (escrito pela Mariana)

Certo dia, estava uma princesa a brincar com o seu brinquedo favorito que era uma bola dourada.

A certa altura a princesa atirou a sua bola dourada tão alto que quando esticou a mão para a apanhar a bola caiu no rio. Como aquele rio era tão fundo a princesa ficou com medo de não voltar a ver a bola.

A certo momento, um sapo pôs a cabeça fora de água e perguntou à princesa porque é que ela estava a chorar tanto e a princesa disse:

- Ai de mim, ai de mim!.

O sapo disse que não queria os vestidos nem as jóias dela, mas podia ir buscar a bola dela ao fundo do rio se ela lhe prometesse que o deixava dormir na sua cama e o deixava comer do seu prato. A princesa prometeu-lhe isso e o sapo foi buscar a bola.

A princesa só lhe tinha prometido aquilo porque estava convencida de que o sapo não ia sair da nascente.

O sapo deu-lhe a sua bola e ela, de tão contente que estava por ter recuperado a bola, nem se lembrou da promessa.

Quando estava a jantar a princesa ouviu alguém a dizer:

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente da verde floresta estivemos.

A princesa foi abrir a porta e fechou-a rapidamente. O pai dela ficou preocupado e perguntou-lhe porque é que ela ficou tão assustada. A princesa disse ao pai que tinha feito uma promessa a um sapo e que era ele que estava a bater à porta. O pai disse para ela ir abrir a porta e cumprir a promessa.

Então a princesa foi abrir a porta ao sapo e ele pediu para comer do prato dela. Ela deixou-o. Depois pediu para ir para a cama dela e ela levou-o para lá.

No dia seguinte o sapo não estava lá e ela pensou que ele nunca mais ia voltar para lá.

Repetiu-se a mesma coisa nos outros dois dias.

No terceiro dia em vez de ver um sapo viu um príncipe.

O príncipe pediu-a em casamento e ela aceitou.

E os dois foram viver juntos.

Do ponto de vista do sapo (escrito pelo Dário)

Lá estava eu debaixo de água de um riacho, quando apareceu uma princesa a brincar com o seu brinquedo preferido, que era uma bola dourada, e estava a atirá-la para cima.

Passado um bocado, a princesa atirou a bola muito alta e ficou a chorar e eu perguntei-lhe porque é que estava a chorar.

Ela disse-me que atirou a bola muito alta e caiu no chão e foi para o fundo do riacho.

Então eu disse-lhe que eu ia buscar a bola, mas com três promessas que eram deixar-me ir para casa dela, comer do prato dela e dormir no quarto dela.

Ela disse que fazia as três promessas. E lá fui eu.

Depois de ir lá buscar a bola dourada, atirei-a para o chão e ela nem se lembrou de mim.

Cheguei ao castelo dela, bati à porta e disse:

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao teu amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente na verde floresta estivemos.

Como a princesa não me abriu a porta, o pai dela perguntou-lhe quem era e ela disse que era um sapo que lhe tirou a bola dourada do riacho.

Abre a porta, princesa, querida

Abre a porta ao teu amor da tua a vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente na verde floresta estivemos.

Ouvi o pai dela dizer que era melhor abrir a porta e ela abriu.

Pedi comida e ela deu-me. Pedi-lhe para ir para a cama dela e fui.

De manhã fui passear até à noite e à noite voltei ao quarto da princesa.

Ela acordou, viu-me vestido de príncipe, eu perguntei-lhe se queria casar-se comigo e viver no meu castelo e ela aceitou.

Do ponto de vista do empregado do príncipe (escrito pela Camila)

Estava eu um dia descansado no palácio quando, de repente, alguém me liga.

Era o príncipe. Ele dizia-me as coisas rápido e contou-me o que tinha acontecido.

Ele relembrou-me de quando a bruxa o transformou em sapo, e só se transformava outra vez em príncipe se dormisse três dias na cama de uma princesa e se comesse do prato dela.

Ordenou-me que fosse rapidamente até ao reino do Rei D. Duarte I para o levar com a sua princesa até ao seu palácio. A seguir deu-me uma notícia que eu até pulei…Ele disse-me …que …se … ia … ca … ca …ca…sar.

Eu pedi-lhe para ele me contar o que tinha acontecido. Mas, ele disse-me que só ia contar a partir da parte em que ele conseguia entrar na casa dela. E eu claro tive de dizer que sim. Não havia outro remédio, não é?!

Então ele contou-me que chegou a casa dela e disse uma bela quadra que era:

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente da verde floresta estivemos

Ele disse-me que a princesa fingiu que não tinha ouvido e então ele repetiu aquela bela quadra. Pelo menos eu gostei muito dela.

Abre a porta, princesa querida,

Abre a porta ao amor da tua vida!

E lembra-te das palavras que tu e eu dissemos

Quando na nascente da verde floresta estivemos

Bem, ele também disse que agora estava a telefonar-me e a perder tempo e que depois contava o resto.