quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

VOAR

A borboleta abre as asas
Está sempre voar
O pássaro faz o ninho
E não pára de cantar

Luísa

NATUREZA

As folhas a cair
As margaridas a fugir
Pássaros a voar
As pessoas a cantar
Tudo isto é a natureza
Está tudo em cima de uma mesa?

Sofia Garcez

A PINTURA

Era uma vez uma pintura que tinha muitos animais de diversas cores e eles sairam da imagem .
Eles nunca tinha ido à cidade e as pessoas nunca tinham visto animais assim .
Um elefante azul,uma serpente laranja e azul e um leão vermelho .
Todos ficaram espantados. As pessoas fugiram e os animais ficaram espantados e foram atrás delas .
O senhor do zoo não tinha coragem de ir apanhar os animais .
Então soltou os outros animais. E fugiram e todos os animais selvagens foram atrás das outras pessoas .
As pessoas foram para dentro de casa a pensar numa coisa .
O senhor do zoo teve uma ideia.
­­- Corram para o zoo .
Eles correram para lá e os animais foram para as jaulas.

Inês Caldevilla

Os animais vaidosos e muito malucos

Era uma vez um elefante que era cinzento e queria ser azul e estava sempre a resmungar com os outros animais e estava sempre a dizer:
- Quero ser azul, e vocês?
Os outros não ligavam, e o suricata disse:
- Estás maluco ou o que é isso?
- Nada. Eu não estou maluco. Tu já me conheces muito bem.
Nenhum dos animais tinha ouvido o que o elefante tinha dito. Mas por enquanto mais ninguém queria dizer que queria mudar de cor. Passados mais alguns dias os outros animais podiam querer mudar de cor.
Passaram-se muitos dias até que o leão disse ao elefante sozinho:
- Sabes, elefante, estive a pensar e queria mudar de cor como tu. Deve ser muito engraçado e giro. Ainda por cima está a chegar o Carnaval e nós não temos roupa para nos vestir ou disfarçar. Por isso quero mudar de cor como tu.
E o elefante respondeu interessado:
- A sério, tens a certeza?
- Sim muita certeza, muita certeza mesmo.
E ainda disse mais assim:
- Olha não contes nada a ninguém, por favor. Está bem?
- Está bem, eu não conto nada a ninguém.
Passaram muitos dias, e todos os animais disseram em coro:
- Elefante, tu tens razão, vamos mudar todos. Mas nós não dizemos a cor. Só dizem a suricata e o leão.
O leão disse:
- A minha é amarelo.
O suricata disse:
- A minha é laranja.
- A minha é azul. Gostam da cor?
E todos disseram que não, mas a seguir disseram:
- Estamos a brincar contigo. É a cor do meu clube.

Inês Costa

OS ANIMAIS DA SELVA

Era uma vez uns animais que viviam na selva e estavam sempre na selva e eram muito brincalhões. O jogo de que eles gostavam mais era brincar às escondidas.
Um dia uma formiga disse:
- Querem jogar às escondidas?
E os animais disseram em conjunto:
- Sim, sim, sim, vamos.
Mas a girafa Marta não quis ir porque não era boa a jogar às escondidas e os animais tentaram convencer, mas não valeu a pena.
- Anda, Marta, anda – disseram os animais.
E a Marta disse então zangada:
- Eu não quero e acabou!
Ela foi para casa zangada e joaquim disse:
- Vamos jogar às apanhadas.
E os animais todos menos a tartaruga disseram:
- Sim, mas a tartaruga não anda nada.
Então o Joaquim teve uma ideia.
- Vamos fazer uma festa.
E os animais disseram, todos contentes:
- Sim, sim. Boa ideia!
E lá foram e bateram à porta da Marta.
- Vem, Marta, à festa - disse o Joaquim.
E a Marta disse.
- Vamos, fixe!
E lá foram e assim ninguém tinha problemas e foi assim que acabou.

Tomás Cardoso

CONVERSAS DE ESTÁTUAS - 3

As estátuas que falavam

Era uma vez três estátuas que falavam.
Uma delas era a estátua de D. Pedro IV, outra era a estátua da Menina Nua e a outra era a estátua de Almeida Garrett.
Um dia essas estátuas foram levadas para um Museu muito famoso. Aí elas conheceram-se.
- Olha uma menina nua! – disseram as estátuas de D. Pedro IV e de Almeida Garrett.
- Não sejam assim tão parvos! Eu sou uma estátua e chamo-me Menina Nua! Não é difícil de ver que sou uma estátua e não uma menina que está nua!
- Está bem. Pensámos que fosses uma menina que estava nua. – disseram as outras duas estátuas.
- Bem e porque é que nós não ficamos amigos? – sugeriu a estátua da Menina Nua.
- Sim, sim! – disseram as outras.
Então, a partir desse dia, as três estátuas começaram a ser amigas e a conversarem muito.
Certo dia o Presidente Cavaco Silva foi lá ao Museu. As três estátuas estavam a falar muito e a rir muito quando o Presidente Cavaco Silva chegou.
Elas endireitaram-se logo e fizeram muito silêncio quando o Presidente Cavaco Silva passou por elas.
Mas uma delas começou a rir-se e o Presidente Cavaco Silva descobriu o segredo delas.
Então eles todos ficaram amigos, mas mais ninguém ficou a saber.
Até um dia...
Havia lá um macaco que também falava e então, como ele gostava de pregar partidas, foi a um sítio falar. Como aquilo dava para falar a todo o mundo ele disse:
- Sabiam que há três estátuas que falam? Elas estão no Museu que é muito famoso!
E todos os habitantes se riram.
- A sério, estou a dizer a verdade!
E aí todos os habitantes acreditaram e foram a correr para o Museu.
Chegaram lá e viram o Presidente Cavaco Silva e as três estátuas a conversarem.
E todo o mundo ficou a saber o segredo.
Agora todo o mundo falava com as três estátuas e todo o mundo se divertia com elas.

Sofia Oliveira

CONVERSAS DE ESTÁTUAS - 2

Um dia D.Pedro IV, a Menina Nua e o Almeida Garrett tiveram uma conversa na Praça da Liberdade.
Encontraram-se os três na Praça e D.Pedro IV disse:
- Vamos apresentar-nos. Começo eu. Eu sou o D.Pedro IV.
- Eu sou o Almeida Garrett.
- E eu a Menina Nua.
- Olha, porque é que não tens roupa? – perguntou D.Pedro IV.
- Sim, porque é que não tens roupa? – repetiu Almeida Garrett.
- Porque me fizeram sem roupa. Agora que já é tarde vamos para os nossos lugares para não sermos descobertos. Amanhã falamos mais.
- Está bem, amanhã falamos. Até amanhã.
Depois de dormirem, continuaram a falar.
- Bom dia – disse a Menina Nua.
- Bom dia – disseram os dois, ao mesmo tempo.
- Olha lá, D.Pedro IV, porque é que tens IV no nome e não tens um nome normal, por exemplo, só Pedro? – perguntou Almeida Garrett.
- Porque eu fui o quarto rei de Portugal com o nome Pedro – respondeu D.Pedro IV.
- Olha, Almeida Garrett o que é que fazes? – perguntou a Menina Nua.
Sim, que fazes? – repetiu D.Pedro IV.
- Bem, eu às vezes escrevo poesia, prosa e peças de teatro. Sou escritor – respondeu Almeida Garrett.

André

CONVERSAS DE ESTÁTUAS - 1

Uma conversa entre as estátuas de D.Pedro IV, Almeida Garrett e Menina Nua

Num dia de sol a Menina Nua disse:
- Tenho frio.
E o D.Pedro IV disse:
- Coitadinha não tem roupinha.
A certa altura Almeida Garrett disse:
- Olha o presidente da República a falar sobre o dia 31 de Janeiro.
E a Menina Nua disse:
- Olha ali os tropas à chuva.
E o D.Pedro IV disse:
- Estamos a ser filmados.
A Menina Nua não acreditou mas perguntou:
- A sério?
E o D.Pedro IV disse:
- A sério.
Estavam lá muitas pessoas e até crianças.
No dia seguinte divertiram-se muito a contar piadas.
A certa altura D.Pedro IV perguntou:
- Qual é o cúmulo da estupidez?
E a Menina Nua disse:
- Não sei.
Depois D.Pedro IV respondeu:
- Apanhar morangos com um escadote.
E começaram a cantar uma música do Zeca Afonso, da Revolução dos Cravos.

Francisco

PIRATAS - 4

O pirata bêbado

Era uma vez um pirata que andava à procura de um tesouro, mas não era dinheiro. Era uma caixa de rum. Encontrou-a e levou-a para o barco.
Os companheiros eram todos bêbados, começaram todos a beber e ficaram todos bêbados.
Um deles foi dormir e quando acordou estava com dor de cabeça.
Os seus amigos não estavam lá e ele disse:
- Onde é que eles se meteram? Será que fomos atacados?
Olhou para trás e viu os seus amigos a chamarem por ele:
- João, João.
- Digam.
- João, nós fomos atacados!
- Por quem?
- Pelo navio Caveira! Vamos atrás deles!
- Estão ali, vamos já!
- Não consigo conduzir porque eles bloquearam a roda do leme. Vamos no barco a remos – disse o João.
- Estás maluco, com este vento o barco vira!
- Não faz mal. Vamos lá a nadar.
Então lá foram eles. Conseguiram chegar ao outro barco.
Foram para a sua cidade e deixaram de ser piratas e viveram uma vida normal. Iam-se encontrando, ficaram amigos para sempre e casaram.
Um dia foram viajar, eles e as mulheres com quem tinham casado, e correu tudo bem.
Viveram felizes para sempre.

Pedro

A RAPOSA E A CADELA

Era uma vez uma cadela que andava a passear na floresta.
A raposa estava na toca, mas quando ia para a cama, ouvir um barulho e foi lá para fora via uma cadela e perguntou-lhe:
- Quem és tu?
E a cadela respondeu:
-Eu chamo-me Rita sou uma cadela. E tu, como te chamas?
-Eu chamo-me Pipocas, mas todos os animais me chamam raposa.
E a Rita perguntou-lhe:
-Olha raposa, se tu sabes mostrar-me a florestas, não te importas de passear comigo?
E a raposa disse:
-Sim. Não me importo nada de mostrar a floresta mas com uma condição. Tens de falar baixo porque os animais não gostam de mim, pensam que eu os como. Eu gosto de brincar com eles e tenho que ficar em casa a sonhar que brincam comigo. Tu estás uma cadela muito valente por isso dou-te a minha palavra.
Então os dois animais foram dar um passeio. A raposa ficou muito contente por ter uma amiga para brincar e falar.
Os animais viram a raposa e perguntaram-lhe:
- Porque é que não comes a cadela?
E a raposa respondeu:
- Eu não vos comer, quero brincar convosco.
Os animais viram que ela estava a dizer a verdade.
- Eu vou brincar com a raposa mas já vou chamar-lhe Pipocas porque ela vê-se que quer que chame Pipocas. Quem concorda comigo?
Todo os animais concordaram e viram-se para a Pipocas e a Rita e um disse-lhes:
- Nós vamos brincar convosco porque os teus olhos dizem que tu estás a dizer a verdade.
E todo os dias a Rita está a passear na floresta.
Ela via a raposa a brincar com os animais da floresta e a Pipocas feliz para sempre. E mais, nunca dormiu de tarde porque os animais brincavam com ela em casa e em todos os sítios.

Elsa

A GALINHA E OS SEUS OVOS

Era uma vez uma galinha que pôs três ovos quando estava a dormir.
De manhã muito, muito cedo, a galinha acordou e tinha três ovos, mas quando ia ver os ovos pôs mais um.
A galinha ficou contente. Teve que ficar no ninho até os ovos chocarem.
Passado um mês a galinha começou a tremer e saiu do ninho. Um ovo estava a mexer e picou o ovo e saiu mas a galinha ficou triste e perguntou:
- Mas quando é que os três ovos nascem?
E o pintainho respondeu:
- Mamã, os meus irmãozinhos nascerão daqui a três meses!
A galinha ficou com o bico aberto.
E disse para ela preocupada: ”Com terá ele conseguido dizer aquilo?”.
Passado três meses os três ovos começaram a mexer e os três pintainhos picaram e lá saíram os três pintainhos.
A galinha já não ficou triste porque já tem os quatros pintainhos e ela viveu feliz com os pintainhos para sempre.

Elsa

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Entrevista do Francisco

O Francisco, um dos 25 autores foi entrevistado pela TERRA DO NUNCA, suplemento da revista Notícias Magazine, no passado dia 7 de Fevereiro de 2010.
Apresentamos abaixo a referida entrevista.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

PINTURAS DE AMIZADE

Os 25 autores continuam a estudar a «HISTÓRIA DE UMA GAIVOTA E DO GATO QUE A ENSINOU A VOAR», de Luís Sepúlveda.
«É muito fácil aceitar e gostar dos que são iguais a nós, mas fazê-lo com alguém diferente é muito difícil, e tu ajudaste-nos a consegui-lo
Inspirados na amizade entre a Ditosa, Zorbas e os seus companheiros gatos, os 25 autores realizaram experiências de pintura com guache.

Luísa Raquel
Mariana
Tomás Leal
Sofia Garcez

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O cão e o gato

Era uma vez um gato que estava a brincar com a dona e depois a dona saiu porque estava a ficar cansada e veio um cão para a beira do gato e o gato disse:
- Por que é que estás na minha casa!
E o cão respondeu:
- Andei por aí e cheguei aqui.
O gato pensava que o cão era maluco.
Ficaram um momento parados a olhar um para o outro e de repente o gato disse:
- O que estás agora a fazer? Não te vais embora, cão maluco?
E o cão respondeu:
- Páras, idiota. Eu não sou nenhum cão maluco. Tu é que deves ser um gato feio e maluco.
Depois começaram à bulha e a dona veio para chamar o gato porque estava a ficar tarde e viu o gato e o cão à bulha e disse:
- Parem imediatamente. Tu, cão rafeiro, sai da minha casa.
Depois eles pararam e a dona notou que aquele cão era de uma amiga dela e disse:
- Porque estás aqui? Tu devias estar na tua casa.
- Eu perdi-me porque a minha dona deixou-me ir beber água à vizinha e a vizinha não deixou e pegou em mim e levou-me para perto daqui.
Depois a dona ligou para essa amiga e ela ficou muito contente porque ia recuperar o seu animal de estimação.
O gato ficou um bocado com ciúmes e disse:
- Ó cão, como te chamas?
- Eu chamo-me Rodrigo. E tu?
- Eu chamo-me Fidalgo. Estou contente porque conheces a minha dona.
- Sim, eu não sabia que ela vivia aqui.
O gato perguntou:
- Porque é que não me disseste que estavas abandonado?
- Porque pensava que ias gozar-me.
- Não, claro que não.
Depois ficaram a conversar e o cão Rodrigo e o gato Fidalgo ficaram amigos para sempre.

Inês Costa

História com animais

Era uma vez um gato chamado Bolinhas. O Bolinhas gostava muito da sua dona Inês e do seu amigo Bernardo, que era um grande cão de guarda. Um dia o Bolinhas foi ter com o seu amigo Bernardo e disse:
- Olá, então o que fazes?
- Estou a brincar com a minha dona Inês. Ela é muito simpática e divertida. Olha, queres ir dar um passeio?
- Sim, pode ser. Fazer exercício físico faz bem à saúde.
E então lá foram eles passear pelo parque.
Enquanto passeavam encontraram um animal de que na cidade nunca se tinha falado. Eles ficaram muito assustados. Era grande de olhos vermelhos, uma cauda um bocado grande de mais e era cinzento.
O animal disse que era uma ratazana. O Bolinhas e o Bernardo começaram a tremer porque a tal ratazana era assustadora.
De repente, saltou um grande cão em cima da ratazana. A ratazana começou a abanar-se toda, eles ficaram felizes por o cão enorme lhes salvar a vida…
- Como é que te chamas?
- Eu chamo-me Salvador.
- Nós somos o Bernardo e o Bolinhas – disseram eles ao mesmo tempo.
- Tu és maravilhoso – disse o Bernardo.
- Não, tu és o meu salvador.
- Não, eu sou um cão normal como os outros.
- Mas tu salvaste-nos a vida.

Alexandra

O cão começa a conversar com a raposa

Era uma vez um cão que estava no parque e no parque havia imensas galinhas, mas estavam cercadas por muitas raposas.
Uma noite, o cão foi ao parque e viu uma só raposa que estava sozinha.
Ele disse assim:
- Olá, como te chamas?
- Olá, eu chamo-me Cátia, e tu?
- Eu sou o Zé.
- Vamos ali a um restaurante jantar. Aceitas?
- Sim, vamos.
Passado meia hora o cão e a raposa saíram do restaurante e a raposa disse:
- Olha, queres vir a minha casa?
- Sim!
E lá foram eles. A raposa é espanhola eles pediram a um senhor se os levava à Espanha e o cão deitou-se no chão e levantou as patas e o senhor percebeu e levou, mas o cão disse aquilo a ladrar.
A raposa disse:
- Cão, aqui está a minha família. Mãe, este é o Zé. Pai, este é o Zé, o meu melhor amigo.
E depois ela perguntou:
- Pai, mãe ele pode dormir cá em casa? É que ele não tem casa, pode?
E a mãe diz:
- Pode.
E ele ficou contente. Ele dormiu no quarto do irmão da raposa que já casou e está noutra casa.

José Miguel

Pressa

Quando ia para o trabalho
Estava com pressa, pressa e pressa
Porque mandava numa peça
Ora essa ora essa
Não gosto nada da pressa!

Sofia Garcez

Voar

Quando estava no ar
Sempre, sempre a voar,
Voar, voar, voar
E quando estava a saltar
Dei por mim a cantar
Adoro voar, adoro voar!

Sofia Garcez

Vou pelo céu

Quero voar
Para faltar à escola
Espero que no céu
Se venda Coca-Cola.

Pelo céu azul
Começo a voar
Vejo o sol
Vou sem parar.

Quero ser gaivota
Ou um falcão
Quero ser insecto
Quero ser avião.

Vou pelo céu
Na tarde maravilhosa
Vou bem lá acima
Sou andorinha vaidosa.


Saltar nas nuvens
Eu quero saltar
Com outra ave
Quero brincar.

Raquel

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Poemas do 4.º B

Hoje publicamos alguns poemas dos nossos colegas da turma B do 4.º ano.


Um sorriso
Abriu-me a porta
Com muita luz.
(Thalyta)

Uma andorinha
Chegou na Primavera
E recolheu a tristeza do Inverno.
(Maria de Rosário)

Vi uma borboleta
Com uma flor
A pintar o arco-íris.
(Alexandre)

Uma folha
Soltou-se da árvore
E caiu no meu sonho.
(Filipe)

Filho negro, mãe branca.
Não importa de que cor são,
Mas o carinho que dão.
(Gonçalo Vaz)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

SERAFIM E VENCESLAU - 10

A turma dos 25 autores recebeu a notícia de que um senhor chamado Jorge escolheu a sua turma para apresentar uma peça de teatro. O senhor chamado Jorge tentou arranjar papel para todos.
Tínhamos dois dias de ensaio, com uma hora em cada dia. Parecia um desafio para os 25 autores! Mas quando vimos, nós não precisávamos de decorar as falas. O rádio é que precisava de decorar as falas e nós fazíamos gestos como se estivessemos a falar.
A peça chamava-se “Serafim e Venceslau”. O Jorge, que era o nosso encenador, escolheu sete meninos mais altos. Esses meninos agarravam nuns bonecos que faziam de personagens. Os mais altos meteram-se num pano preto e representavam. Os sete mais baixos também estavam num pano preto.
Serafim era medroso, muito medroso, e para mostrar isso havia onze meninos lá atrás dos mais altos que não se viam e um deles pegou num boneco, que era Serafim, e ele punha o boneco a olhar para um dos meninos mais altos e de repente baixava-se com medo. De seguida, ele pedia ajuda à avó e a avó disse para ele procurar o velho plátano mágico. Mas Serafim disse à avó que tinha medo de ir sozinho procurá-lo. E aqui entrou uma nova personagem que a avó chamou, a gaivota Carlota, que ia ajudar Serafim a encontrar o plátano mágico.
Serafim e Carlota começaram a viagem e encontram a prima da Carlota, a Maruja, na estação de S. Bento. Para os azulejos havia um menino lá atrás a segurar na estação e outro a passar imagens de azulejos para os mais altos e os mais baixos a dançarem com eles.
Continuaram a caminho do velho plátano, agora com a Maruja e viram estátuas. Mas vocês devem estar a perguntar como aparecem as estátuas e olhem que não roubámos! Eram feitas de cartão e, mais uma vez, os de trás têm trabalho.
Depois aparece o cão Rodrigo e o Gato Fidalgo que começam à bulha e o Serafim impede que isso aconteça.
Quando Serafim já não é medroso todos fazem uma festa.

Raquel

SERAFIM E VENCESLAU - 9

O nome do teatro é ”Serafim e Venceslau” e é muito bonito este teatro.
A ver esteve a escola inteira, menos os meninos que faltaram, as empregadas, o porteiro e os meninos que andam na escola de manhã. Todos se portaram bem, tanto os que estavam a ver como os que estavam no palco a fazer o teatro.
O teatro falava de um menino chamado Serafim que vivia na Sé e era muito medroso. Tinha medo dos gritos das gaivotas, dos ratinhos a andar pelo jardim, dos cães a uivar e muitas mais coisa lhe metiam medo. Certo dia, decidiu falar com a avó, que é muito sua amiga, e começaram a conversar e o Serafim contou à avó que tinha medo de tudo e a avó disse para ele ir ao jardim da Cordoaria onde iria encontrar um plátano mágico chamado Venceslau. Mas como ele era muito medroso disse à avó que não conseguia ir sozinho e a avó disse-lhe:
-Não te preocupes com isso, meu querido. Eu conheço uma gaivota chamada Carlota que te irá guiar até lá e quando chegares ao jardim da Cordoaria falas com o plátano Venceslau e voltas para casa.
Então a avó chamou a gaivota Carlota, que apareceu logo de seguida e acompanhou-o nas aventuras.
Caminharam até chegarem ao jardim da Cordoaria e lá Fidalgo falou com o plátano Venceslau e depois foi o Serafim dizer que era muito medroso e perguntou ao Venceslau se ele lhe podia tirar o medo com a sua magia. Ele disse que não porque a magia já tinha acontecido nele e as flores do jardim da Cordoaria perguntaram assim:
- Que aconteceu?
Então o Venceslau respondeu:
- Este menino já não é medroso.
Então fizeram uma festa.
Os senhores que nos prepararam chamavam-se Jorge e Clara. Prepararam-nos em dois dias, Terça-feira e Quarta-feira.

Mariana

SERAFIM E VENCESLAU - 8

Nós ensaiámos para o teatro da nossa turma no ginásio e foi assim. Os da frente iam com umas muralhas e quando paravam sentavam-se e entravam os bonecos. Depois o Serafim dizia à avó:
- Eu não queria ser assim tão medroso.
E a avó dizia ao Serafim:
- Eu conheço um velho plátano que te pode ajudar. Está no jardim da Cordoaria.
Mas o Serafim tinha medo de ir lá sozinho e disse:
- Mas eu tenho medo de ir lá sozinho.
E a avó diz:
- Eu vou dizer à gaivota Carlota para te acompanhar no passeio.
Encontraram a Maruja, o Rodrigo e o Fidalgo e foram dar a volta ao Porto e ele gostou muito e não teve medo ao subir a torre dos Clérigos.
Os amigos foram encontrar o Plátano Venceslau.
Ele já não teve mais medo, e ficou muito feliz.

Miguel

SERAFIM E VENCESLAU - 7

Olá, eu sou o Tomás e vou contar como foi a experiência de estar num palco com bastantes crianças a ver-me.
Começou numa terça-feira quando um senhor veio chamar-nos para ir ao nosso primeiro ensaio.
Eu fui o Venceslau (o Venceslau era uma árvore com muita sabedoria), a Camila, que é uma minha amiga, foi a avó.
Numa quarta-feira foi o segundo e último ensaio, correu muito bem. Os nossos encenadores chamavam-se Jorge e Clara.
Depois dos dois ensaios, íamos fazer o teatro.
Numa sexta-feira era o teatro. Nós fomos para o ginásio, começámos a pôr uma carpete preta que dava para as crianças entrarem lá para dentro e podiam ficar dentro da carpete sete crianças. Quando nós estávamos prontos, ouvimos a campainha e ficamos muito nervosos, vimos sentar muitas mas muitas crianças e ficámos ainda mais nervosos.
Quando estava todo o público, começámos. Começou com uma música, e os meninos mais pequenos da nossa sala, começaram a andar com umas muralhas de esponja. Os maiores contando comigo, tínhamos umas casas, e à medida que a primeira menina com a muralha passava por nós, nós virávamos as casas, depois os que tinham as muralhas sentavam-se e começou a história. No final, quando o Serafim chegou à beira do Venceslau, disse:
-Olá Venceslau.
-Olá Serafim. – disse o Venceslau.
-Venceslau, eu tenho medo de tudo, tenho medo dos ratos a correr pelo jardim, das gaivotas, de sair à rua, enfim, tenho medo de tudo. Disseram-me que a tua magia podia tirar-me o medo! – disse o Serafim.
- Ah, ah, ah, a magia já aconteceu em ti.
O Serafim não estava a perceber
- É, ou não é verdade, que subiste os duzentos e quarenta degraus da Torre dos Clérigos? – perguntou o Venceslau.
-É verdade, é verdade. – disse o Serafim.
Depois de muita conversa, começou-se a ouvir uma música e todas começaram a dançar.
Eu acho que esta experiência foi fantástica. No dia do teatro fiquei um bocado impressionado e um bocado envergonhado porque eram muitas pessoas e porque como eram muitas pessoas eu fiquei envergonhado.

Tomás Leal

SERAFIM E VENCESLAU - 6

Nós estávamos em duas filas de sete, a da frente sentada e a de trás em pé. Estávamos em duas mangas pretas, enfiados lá dentro, e havia mais atrás alguns que não se via porque só entregavam as coisas para os da frente ou levantavam objectos. Nós não tínhamos de dizer nenhuma fala porque era o rádio que dizia as falas todas. Nós só tínhamos que mexer os bonecos. Se o Serafim estava a falar, o boneco que fazia de Serafim também estava a falar e, se a avó estivesse a falar, o Serafim estava quieto. Os da primeira fila não mexiam os bonecos mas às vezes tinham os bonecos nas mãos e os da fila de trás estavam parados com os bonecos e às vezes mexiam-nos.
Na terça-feira e quarta-feira estivemos a treinar o teatro. Na terça-feira o Jorge dizia o que nós íamos fazer na parte seguinte e íamos fazendo uma parte e quando acabássemos repetíamos tudo o que tínhamos feito até essa parte. Quando acabámos tudo repetimos outra vez tudo. Quarta-feira preparámos tudo, repetimos duas vezes o último ensaio.
Sexta-feira foi quando apresentámos. Fomos para o ginásio e pusemo-nos nas posições certas e, quando tocou a campainha, foram todos os meninos e professores ver.
Eu senti-me um pouco entusiasmada porque eu adoro fazer espectáculos seja para quem for, mas quando se estava a aproximar cada vez mais o teatro eu ia ficando cada vez mais calma. Quando começou e acabou o teatro foi quando me deu muita vontade de rir mas consegui não me rir.
E assim foi a minha experiência de teatro.

Luísa

SERAFIM E VENCESLAU - 5

A turma do 3.º D fez um teatro que chama “Serafim e Venceslau” e eu acho que foi bem preparado. Para ensaiar tivemos de nos esforçar muito.
Depois, para mostrar o Serafim, punham o boneco à frente da cara de uma pessoa e depois e punham para baixo. Também acho que isso correu bem.
Acho que os meninos e as meninas interpretaram bem a história, pelo que vi.
Eu fiquei um pouco nervosa com medo de que nós fizéssemos alguma coisa mal, mas também reparei que o público aprestou bastante atenção.

Inês Caldevilla