sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O PRINCIPEZINHO

Temos andado a ler «O Principezinho»

Agora vamos comentar.

Em baixo também há novos textos de alguns dos 25 autores, para ler e comentar.

O novo amigo do rei

O rei sentou-se no trono e começou a olhar.

Passado meia hora viu uma coisa lá ao fundo em forma de macaco e pensou «O quê? Eu devo estar a ver coisas. Os macacos não existem nesta terra. Bem, só se tiverem lido a Carta de Foral».

Depois começou a ver melhor o macaco. Aquele macaco era pequenino, tinha mais ou menos um metro. Era meio terrestre e meio marítimo, mas era de certeza um mamífero. Tinha umas orelhas bicudas em cima, era todo laranja, tinha uma cauda comprida e na ponta tinha uma coisa parecida com um morango, mas sem a ervinha.

Até que entrou no palácio do rei, foi para o quarto dele e abriu a porta e disse:

- Olá, então, como é que estão?

- Uau, tu…tu…tu falas? – perguntou, intrigado, o empregado do rei.

- É claro, eu chamo-me Chinchar.- afirmou o Cinchar.

- Que fixe! Olha, vamos dar um passeio ao meu jardim. É muito grande, sabias? – perguntou o rei.

- Sei. – respondeu o Chinchar.

- O quê, como!? – perguntou o rei, muito surpreendido.

- Sim, sim eu moro muito lá ao fundo debaixo do mar, e às vazes venho nadar para aqui perto porque aqui a água está mais fresca. Sabes, eu gosto mais da água fresca porque lá onde eu moro é debaixo de água. – disse o Chinchar.

Foram para o jardim e deram uma volta. Sentaram-se num banco e o rei perguntou:

- Tens um melhor amigo Chinchar?

- Vou ter, mas ainda tenho que ficar à espera de outra estrela.

Miguel

A salvação da diminuição

Quando o rei estava a olhar o mar viu imensas criaturas muito pequenas com um milímetro cada. Essas criaturas dirigiram-se para o castelo e um deles disse:

- Nós somos duendes do mar e viemos pedir a vossa majestade que nos ajude.

- Que vos ajude em quê? – interrompeu o rei.

- Queremos que nos ajude a deter o Dr. Maré que encolheu toda a gente do mar e nós que já éramos pequenos quase não nos vêem – disse o mesmo duende.

Então os duendes do mar deram-lhe uma poção que o fazia respirar debaixo de água. Lá foram eles deter o Dr. Maré.

Quando chegam ao seu esconderijo ele não estava lá. Esperaram, esperaram e esperaram, até que ele chegou e assustou-se tanto que deixou cair o saco das compras e disse:

- Agora vou ter de voltar à loja e comprar mais.

Enquanto o Dr. Maré apanhava a comida, o rei e os duendes do mar tentaram inverter o raio que encolhia a gente do mar. Primeiro tiveram de procurar a máquina, mas não conseguiram inverter o raio.

- Isto vai ser mais difícil do que nós pensávamos – lamentou-se o rei.

- Tens razão - disseram os duendes do mar.

- Tive uma ideia – disse o rei.

O rei espetou os bicos da sua coroa na máquina encolhedora, ela explodiu e toda a gente voltou ao normal.

Duarte

Uma surpresa enorme

O rei sentou-se no trono a olhar o mar.

De repente, a água começou a fazer bolhas e de lá de dentro saiu uma luz muito forte com um peixe dentro. O rei perguntou-lhe como se chamava e o peixe respondeu-lhe só com a palavra “Douradinho “.

O rei sentiu uma coisa no coração e perguntou como é que ele era um peixe falante e o peixe só lhe disse que não tinha companhia. Depois disse-lhe que a Maresia o tinha deixado ir viver uma aventura e, como ele era mágico, deu-lhe uma bolha para respirar debaixo de água.

No fundo do mar encontraram um caranguejo que lhes disse que não tinha amigos. Então o rei disse-lhe que sentia falta dos seus inimigos e o peixe disse que não brincava com ninguém. Por isso deixaram-no ir com eles.

No alto mar viram uma tartaruga a chorar e perguntaram-lhe porque estava a chorar e ela disse que ninguém no mar gostava dela e por isso deixaram-na ir também com eles.

Dentro de uma alga estava uma sereia que disse que estava só naquele lugar verde e macio e, pela mesma razão dos outros, deixaram-na ir com eles.

No fim do dia levaram o rei ao castelo e falaram sobre o que tinham feito. Mas tinham de ir embora…

Passado muitos anos, de manhã, o rei foi ver o mar e viu a sair de lá o seu peixe e todos os outros. Foi assim a surpresa do rei. E nunca mais se separaram.

Sofia Garcez

Entrevista a D. Afonso Henriques

Estava eu sentado num banco de jardim, quando vi o rei D. Afonso Henriques a jogar à bola com o pai, o Conde D. Henrique. A certa altura, o Conde D. Henrique foi à casa de banho, que ainda ficava um bocadinho longe, e eu aproveitei para fazer umas perguntas ao rei D. Afonso Henriques.

- Olá, tudo bem? – perguntei eu.

- Olá, sim, está tudo bem. – respondeu ele.

- Olha, que estás tu aqui a fazer? – perguntei.

- Eu, como não tinha nada que fazer, vim dar uma volta. – respondeu.

- Que planos tens para 2011? – perguntei.

- “Fogo”, não me venhas já com os planos para 2011! – respondeu.

- Mas tu não és o 1º rei de Portugal? – perguntei eu.

- Sou. – respondeu ele.

- Então, por que é que não sabes os planos para 2011? – perguntei

- Sabes, na verdade eu sou um “cabeça no ar”. – respondeu o rei.

- Ah, OK! Tchau. – disse eu.

Entretanto, também chegou o Conde D. Henrique e continuaram a jogar à bola, enquanto eu me vim embora.

André