terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A branca como a neve e os três amigos de Natal

Num dia muito frio nasceu uma menina que, pela sua pele esbranquiçada, tinha o nome de “Branca de Neve”.




A pobreza da pequena era visível nas suas roupas, a ponto de todos os habitantes fazerem comentários sobre ela. Um dia, aconteceu uma grande tragédia: os seus pais morreram num grave acidente de carro. Triste, sentiu-se completamente perdida e sozinha, sem dinheiro para se alimentar.



Na semana anterior ao Natal, ela arranjou trabalho na casa do homem mais rico da cidade. Dedicado aos negócios, o patrão mal tinha tempo para os seus três filhos. Então, nomeou a linda Branca de Neve responsável pelas crianças.



Era véspera de Natal! Todos andavam numa agitação contagiante com a decoração e os presentes. Branca de Neve sabia que de nada lhe valia gastar tinta de caneta para escrever uma carta ao Pai Natal. Achava ela que ele estava tão ocupado com os meninos ricos, que não a ouviria.



Na última folha do seu diário escreveu: “ Querido diário hoje não posso escrever tudo aquilo que sinto porque as folhas terminam agora. Não tenho mais onde escrever….”. Correu uma lágrima pela sua face.



Atrás da porta do seu pequeno quarto, os meninos escutaram e lamentaram pela pobre menina triste.



No dia de Natal, convidaram a Branca de Neve para se sentar com eles à mesa. No início, recusou porque achava não ter roupa adequada para tal jantar, inventando uma desculpa sem sentido à família à qual dedicava os seus dias.



No dia de Natal, isolou-se no quarto. Queria que tudo voasse rápido e que o ano novo chegasse para esquecer este ano. Adormeceu por algumas horas. Acordou assustada com o chilrar de um passarinho que espreitou na sua janela. Olhou por esta e perdeu de vista a cidade iluminada… Sorriu de felicidade, uma felicidade que durou ao ver os seus pequenos com um lindo vestido colorido.



- Vem connosco, por favor- imploraram os meninos.



A Branca de Neve vestiu rapidamente o seu único vestido e partilhou o momento de abrir as prendas com o seu patrão e a restante família.



Foi este o maior presente de Natal - a amizade daquela família. Sem dúvida foi o melhor de sempre.




Rita Nunes, nº21 5ºA