terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

SERAFIM E VENCESLAU - 7

Olá, eu sou o Tomás e vou contar como foi a experiência de estar num palco com bastantes crianças a ver-me.
Começou numa terça-feira quando um senhor veio chamar-nos para ir ao nosso primeiro ensaio.
Eu fui o Venceslau (o Venceslau era uma árvore com muita sabedoria), a Camila, que é uma minha amiga, foi a avó.
Numa quarta-feira foi o segundo e último ensaio, correu muito bem. Os nossos encenadores chamavam-se Jorge e Clara.
Depois dos dois ensaios, íamos fazer o teatro.
Numa sexta-feira era o teatro. Nós fomos para o ginásio, começámos a pôr uma carpete preta que dava para as crianças entrarem lá para dentro e podiam ficar dentro da carpete sete crianças. Quando nós estávamos prontos, ouvimos a campainha e ficamos muito nervosos, vimos sentar muitas mas muitas crianças e ficámos ainda mais nervosos.
Quando estava todo o público, começámos. Começou com uma música, e os meninos mais pequenos da nossa sala, começaram a andar com umas muralhas de esponja. Os maiores contando comigo, tínhamos umas casas, e à medida que a primeira menina com a muralha passava por nós, nós virávamos as casas, depois os que tinham as muralhas sentavam-se e começou a história. No final, quando o Serafim chegou à beira do Venceslau, disse:
-Olá Venceslau.
-Olá Serafim. – disse o Venceslau.
-Venceslau, eu tenho medo de tudo, tenho medo dos ratos a correr pelo jardim, das gaivotas, de sair à rua, enfim, tenho medo de tudo. Disseram-me que a tua magia podia tirar-me o medo! – disse o Serafim.
- Ah, ah, ah, a magia já aconteceu em ti.
O Serafim não estava a perceber
- É, ou não é verdade, que subiste os duzentos e quarenta degraus da Torre dos Clérigos? – perguntou o Venceslau.
-É verdade, é verdade. – disse o Serafim.
Depois de muita conversa, começou-se a ouvir uma música e todas começaram a dançar.
Eu acho que esta experiência foi fantástica. No dia do teatro fiquei um bocado impressionado e um bocado envergonhado porque eram muitas pessoas e porque como eram muitas pessoas eu fiquei envergonhado.

Tomás Leal

1 comentário: